Um estudo recente da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, concluiu que a melhor maneira para perder peso é ter uma dieta mais rica em
proteínas magras, como com carnes brancas, legumes e derivados do leite com poucas gorduras. Segundo os pesquisadores, as proteínas podem evitar o ganho de peso, pois ajudam a regular o apetite. Além disso, as proteínas são fundamentais no organismo: "elas são macromoléculas que são quebradas em aminoácidos, fundamentais na produção de anticorpos e na formação dos músculos", diz a nutricionista Marina Romanini, da Unifesp.
As proteínas ainda atuam na recuperação de tecidos e células, manutenção dos órgãos, da pele e do sistema imunológico, bem como para a produção de hormônios e enzimas. Além das carnes, as leguminosas também possuem proteínas, com menos gorduras e mais fibras (em pouca quantidade nas carnes), além de uma boa chance de variar seu cardápio com novas combinações.
"No entanto, quem opta por não ingerir mais a proteína de origem animal, vai estar consumindo pouco ferro, encontrado em maior quantidade na carne, do ácido
fólico, essencial para o sistema nervoso e em maiores quantidades nas carnes e, principalmente, da vitamina B12, também importante no sistema nervoso, mas presente somente em alimentos de origem animal", diz Marina.
Assim, quem vai seguir uma dieta totalmente livre de produtos de origem animal deve procurar orientação nutricional, pois provavelmente será indicado que haja uma suplementação desses nutrientes e vitaminas. É importante que exista o consumo de outros alimentos, ricos nos nutrientes em falta nas proteínas vegetais.
Confira a lista das proteínas vegetais que são mais ricas em fibras e que tem menos gorduras e menos calorias. Vale lembrar que a recomendação diária da ingestão de proteínas é de 75g, de acordo com Marina (não de quantidade de alimento, mas sim de proteína, que pode ser verificada nas tabelas nutricionais).
Soja. A variedade de consumo é uma das maiores qualidades dessa amiga da saúde feminina. Dá para consumir o leite de soja, tofu, queijo cottage de tofu e soja em grão. Todas essas variedades tem uma boa quantidade de proteínas. Para atingir o consumo diário, basta, por exemplo, consumir apenas 25 gramas diários de proteína de soja. A soja cozida tem 3,3 g de proteína a cada colher de sopa. Além das proteínas, a soja contém isoflavonas que atuam de forma semelhante ao estrógeno produzido pelas mulheres. "Isso significa que, com a ingestão de soja, sintomas característicos da menopausa, como ondas de calor, sudorese, insônia e irritabilidade, são amenizados", de acordo com Roberta Stella.
Grão de bico. Não faça bico para essa leguminosa típica da culinária árabe. Apesar do preço nada atrativo aqui no Brasil, o grão de bico merece sim entrar no seu cardápio como um substituto da carne sem prejuízos. Além disso, a presença do triptofano, aminoácido essencial para a produção da serotonina, melhora o humor, pois a substância é responsável pelas sensações agradáveis do organismo. Ela ativa os neurotransmissores cerebrais que dão sensação de bem-estar, satisfação e confiança. E ele é realmente especial, pois o ferro dele é mais absorvível pelo organismo que o do feijão. "E menos que em menor quantidade que as outras leguminosas, a proteína do grão de bico é totalmente digerida", explica Marina. Cuidado apenas com as calorias, o grão de bico é um dos mais calóricos da família das leguminosas.
Feijão. Com tantas comidas industrializadas, você anda relegando o feijão a segundo plano no seu prato? O feijão é uma boa fonte de proteínas, fazendo uma ótima combinação com os carboidratos do arroz. Além disso, é uma ótima fonte de fibras, principalmente o branco, que tem quase o dobro de proteínas e de fibras que o feijão carioquinha. O ferro é um atrativo, pois, das 6g diárias recomendadas, 100g de feijão cumprem pouco mais de um terço. Você pode aproveitá-lo não só no arroz com feijão de cada dia, mas também em saladas, como caldinho e farofa.
Cogumelos. Tradicionais da culinária japonesa, o shitake e o shimeji possuem poderosos antioxidantes. Além disso, são uma ótima substituição às carnes, por serem enriquecidos com o ácido fólico. Os dois tipos carregam uma considerável quantidade de ácido fólico. Em 100 gramas de cogumelo, há 1014 mg do nutriente, enquanto a ingestão diária recomendada é de 400 mg. Um bife de 100g de contrafilé carrega cerca de 13g de gorduras, enquanto a mesma quantidade de cogumelo não chega a um grama de gordura. Eles podem ser comprados frescos, em conserva ou secos, e utilizados em pratos variados, como carnes, molhos para massas, saladas e recheios de omeletes.
Oleaginosas. Com fama de calóricas, sementes como castanhas, nozes, amêndoas e pistache devem realmente ser consumidas com moderação - uma xícara pode conter até 100 calorias. No entanto, valem como um plus de proteína para acompanhar seus pratos e saladas, pois são fontes de gorduras boas, fortalecendo o coração. "O ômega 3 é importante para diminuir o colesterol ruim. Entre elas, o amendoim é o mais gorduroso", explica Marina. Para tirar o maior proveito possível, a dica é substituir, em uma refeição, cinco vezes por semana, 210 calorias provenientes de gorduras saturadas por 30 g de alguma dessas sementes.
Quinua. É é um supercereal! A quinua, além de ser ótima fonte de carboidratos de baixo índice glicêmico, vitaminas, minerais e gordura saudável, contém todos os aminoácidos essenciais que nosso corpo não fabrica e que vão formar as proteínas. A quinua é livre de glúten, isso significa que os celíacos pessoas com intolerância às proteínas presentes no glúten ou pessoas com sensibilidade ao glúten podem saborear pães, tortas e bolos feitos com a farinha de quinua. Ela tem bem mais fibras que todos os cereais, além de possuir mais de 10g de ferro a cada 100 gramas.
Por intuição ou prevenção, as pessoas têm buscado uma alternativa alimentar, comendo mais frutas, verduras, legumes, e deixando de lado as carnes. Fica, porém, o questionamento: E a PROTEÍNA? É verdade que ela constrói o nosso corpo; é como os tijolos de uma casa. Sem eles, a casa não fica em pé. O errado é estabelecer uma necessidade protéica diária e pensar que o ideal é andar com uma tabela do lado para equilibrar as calorias.
As carnes contêm proteínas em excesso, de péssima qualidade, impróprias para o ser humano (Vide Saúde Integral nº 4). Elas sobrecarregam o aparelho digestivo, causando doenças, primeiro neste (prisão de ventre, gases, colite, gastrite, etc.), e depois em qualquer parte do corpo, que, bombardeado de proteína, vai necessitar de maior quantidade de vitaminas e sais minerais.
Uma dieta hiperprotéica rouba a energia, aumenta o colesterol, provoca doenças cardiovasculares, circulatórias, de memória, dilata o estômago (por isso, quando se deixa de ingerir excesso de proteína, ou seja, as carnes, fica uma sensação de fome após as refeições) e provoca câncer. Incluem-se nesta relação tanto a carne branca quanto a vermelha.
Os venenos que a proteína animal esconde
Em 1990, apenas o câncer de intestino, o terceiro que mais mata no mundo, havia sido relacionado à proteína da carne. De lá para cá, também foram ligados ao consumo da carne o de boca, faringe e o de estômago (campeão de mortes no Brasil). Hoje se comprova também sua relação com o câncer de seio, pâncreas, próstata, útero, etc.
Existe um elo entre a proteína animal e a proliferação de células malignas, embora não se saiba bem o porquê. Suspeita-se ser a gordura que dificulta a digestão, forçando o fígado e o estômago a produzir ácido em excesso e levando à corrosão das paredes dos intestinos, o que provoca mutações cancerígenas, conforme explicou o oncologista suíço Fabio Levi, da Universidade de Lausanne. Outra suspeita é o enxofre das carnes, que é devorado pelas bactérias contidas no intestino – depois estas bactérias expelem substâncias tóxicas e malignas.
O amino-heterocíclico também é uma substância perigosa, ausente na carne crua, criada com a quentura da grelha ou da panela, formando o preto crocante dos churrascos e das frituras. “Os aminos acabam no interior das células, onde se ligam ao DNA e provocam mutações cancerígenas”, diz Barbara Pence, da Universidade Técnica do Texas, nos Estados Unidos. Ela demonstrou que esses compostos chamuscados em altas doses atacam o intestino, o estômago e os seios. Em contrapartida, substâncias presentes nas frutas, verduras e grãos dificultam o crescimento de vários tipos de câncer, agindo em combinação umas com as outras, conforme constataram pesquisadores dos EUA.
E onde está a proteína vegetal?
- No tofu (queijo de soja), encontra-se uma proteína completa de excelente qualidade, muito melhor que a da própria soja, que tem seus inconvenientes (vide Saúde Integral nº 4).
- No leite de soja, em vez do leite de vaca (o motivo é o fato do adulto não digerir bem a lactose, que é o açúcar do leite. O leite de vaca contribui para o envelhecimento precoce e inflamações, como gastrite e outras doenças. Ele foi feito para o bezerro, que tem uma constituição física diferente do ser humano). Já os derivados do leite de vaca, como coalhada, iogurte, queijos frescos e ricota, sem conservantes, transformados, semidigeridos por ação das bactérias, podem ser consumidos, pois têm digestibilidade mais fácil.
- Em sementes de girassol, gergelim, cogumelo, pólen de flores, ovos caipiras.
- Em sementes oleaginosas, como castanha, noz, avelã, pinhão, etc.
- Aveia integral, germe de trigo e levedura de cerveja também são fontes de proteínas.
- Frutas oleaginosas, como abacate e coco são ricas em proteínas; frutas doces e ácidas, assim como as verduras e a batata, contêm excelentes proteínas, embora em pequena quantidade.
- O arroz integral, juntamente com as leguminosas (lentilhas, grãos de bico, ervilhas, feijões etc.), sempre uma de cada vez, principalmente leguminosas frescas ou em brotos, formam os doze aminoácidos essenciais, a proteína completa. A proteína vegetal tem a vantagem de vir acompanhada de vitaminas e sais minerais, além de enzimas e outros nutrientes, que facilitam o aproveitamento pelo organismo e dão efeitos alcalinizantes.
Entenda isso: uma pessoa que faz uma alimentação saudável e tem um corpo equilibrado, fará uma transmutação de substâncias, isto é, se a pessoa come bastante cálcio e necessita de proteína, seu corpo transforma um no outro, segundo a teoria do Professor Mario Sanchez, como demonstra em seu livro “Medicina Nutricional”.
Existem estudos afirmando que o ser humano necessita apenas de um grama de proteína por quilo de alimento (proteína vegetal, que não gera toxinas), e o excesso (as pessoas costumam comer 100 vezes mais) sobrecarrega o fígado (órgão responsável pelo catabolismo do aminoácido em uréia e outros produtos) e os rins, que terão de eliminar os resíduos do catabolismo (destruição) dos aminoácidos, com conseqüente sobrecarga de todo o aparelho digestivo, assim como da pele e dos pulmões, que também são órgãos de eliminação.
Na mudança alimentar, é importante ir tirando devagar, primeiro as carnes vermelhas, depois as brancas, para depois se tornar um vegetariano; o tempo necessário é individual. Consulte um terapeuta para orientar-se melhor. Respirações profundas, caminhadas e pequenas exposições ao ar e ao sol fazem parte de uma boa alimentação.
Se tudo o que foi dito não lhe convenceu da necessidade de usar a proteína vegetal, lembre-se da vibração negativa na hora de matar um animal, dos gritos, das dores e da tristeza que ele vive naquele momento, sendo que tudo isto fará parte da sua alimentação. Depois pense em como é saudável e agradável colher verduras, frutas e legumes, alimentos cujas vibrações são sutis e invisíveis, e que curam e alegram o nosso ser.
Suzete é Naturopata, Iridóloga e Instrutora dos Exercícios Visuais. Autora do livro: Cuide de Seus Olhos
Contato: suzete@saudeintegral.com
Sites: www.saudeintegral.com, www.iridologiasp.com.br e www.metodobates.com.br